Archive for the ‘Leitura’ Category

TEMER : UM GOVERNO ESTRANGEIRO

28/06/2018

Ninguém tem mais dúvida : Temer é chefe de um governo estrangeiro. Para ele o Brasil é uma colônia, principalmente dos Estados Unidos, logo não deve ser dono de suas riquezas estratégicas, como a Petrobrás, Eletrobrás, Pré-Sal e outras.

O vice-presidente do Império do Norte acaba de estar no Brasil para dar ordem a seu comandado do Palácio do Planalto. E não se limitou a encontro com seu fantoche número um. Saiu por aí pelo Brasil a fora, como fazia qualquer representante de Portugal quando o Brasil era colônia portuguesa. Foi ao Amazonas, sem dar qualquer satisfação aos governantes amazonenses e, em contato com imigrantes venezuelanos, juntou-se a estes em ataques ao governo da Venezuela. Agiu como se fosse representante de uma força de ocupação, à vontade para fazer o que bem entendesse.

Com o apoio praticamente explícito de Temer, usou os imigrantes do país vizinho como instrumentos de propaganda ideológica contra a Venezuela, seu povo e seu governo, dando prosseguimento à escalada de ameaças, inclusive militar, do governo ianque ao governo venezuelano.

De olho em nosso petróleo e no da Venezuela, dona da maior reserva petrolífera do mundo, o vice-presidente de Trump veio ao Brasil, certo de que, sendo Temer um governo golpista, uma espécie moderna de governo colonial, estrangeiro, poderão os Estados Unidos contar com ele para ações de ataques de todo o tipo ao presidente Maduro e ao seu país.

Se o Brasil fosse governado por um governo brasileiro, o representante estadunidense jamais se meteria a vir ao nosso país nos tratar como se fôssemos uma colônia norte-americana. Se o governo fosse brasileiro antes de tudo, neste momento estaria bradando contra o fascista Trump, por manter em prisão crianças do Brasil ao lado de centenas de outros países, vítimas de um regime neofascista retocado, apelidado de democracia.

A esperança é que em outubro elejamos um governo brasileiro.

O Brasil precisa voltar a ser soberano, livre.

Alberto Souza

E A GREVE GERAL ?

06/06/2018

A política do governo golpista sobre preço dos combustíveis, para atender a interesses do capital internacional, não é motivo de luta apenas para os caminhoneiros, já que praticamente todo o povo é vítima dela. Razão para uma greve geral.

A greve geral não aconteceu !

A luta dos petroleiros, em defesa da Petrobrás e do Pré-Sal, não é apenas dever deles, pois a entrega destes patrimônios é claro golpe contra a soberania nacional, é tratar o Brasil como uma colônia. A vítima é o povo brasileiro. Razão para uma greve geral.

A greve geral não aconteceu !

A luta dos eletricitários contra a privatização da Eletrobrás, sua entrega ao capital estrangeiro, não é um dever deles apenas, por se tratar de mais um traição do governo do Golpe ao país e ao povo. Razão para uma greve geral.

A greve geral não aconteceu !

Infelizmente, apesar destes propósitos criminosos de Temer, próprios de um lesa-pátria, que concorre com Joaquim Silvério dos Reis, Calabar e Fernando Henrique Cardoso ao título de campeão de todos os traidores do Brasil até os dias de hoje, não se deu a greve geral.

Por quê ? A resposta parece não deixar dúvida : é o corporativismo, sindical e outros, levando cada movimento popular a colocar em suas lutas somente pauta referente ao seu campo específico – subestimando, ou mesmo deixando de lado, lutas que devem ser de toda a classe trabalhadora, de todo o povo, como a da defesa de patrimônios públicos, estratégicos – como se o principal prejudicado por este leso-patriotismo não fosse a própria população do país como um todo. Cada setor, em geral, salvo exceções, age como se não fizesse parte de um todo maior que ele. Clama contra o governo neoliberal, porém, ao mesmo tempo, parece não entender que o projeto do governo golpista só consegue vingar, se tiver sucesso na sua escalada de entrega das riquezas estratégicas do país ao capital internacional. São muitos os dirigentes sindicais e de outros movimentos que parecem não compreender que a política dos golpistas de destruir direitos da classe trabalhadora – com medidas, como a Terceirização, as reformas trabalhistas e a da Previdência – faz parte do mesmo projeto das forças de direita, de entrega – ao grande capital, mormente ao estrangeiro – da Petrobrás, do Pré-Sal, da Eletrobrás e de outras riquezas do paíso. Parecem não perceber que o país, sem suas riquezas estratégicas, torna-se econômica e socialmente inviável.

Felizmente, existe uma parte de povo, da classe trabalhadora – ainda muito pequena – que vê a classe trabalhadora como um todo, consciente de que, só com a superação do corporativismo e do fragmentismo que advém dele, a classe trabalhadora pode obter grandes vitórias, vitórias históricas contra o capital.

Por fim, deve ficar claro uma coisa : seria um absurdo opor-se às lutas específicas, por conquistas imediatas,  de categorias profissionais; de movimentos populares, como os de mulheres, os dos afrodescendentes e outros. Claro, estas lutas são imprescindíveis, não só para a busca de conquistas necessárias ao dia a dia de cada pessoa, mas, também, como um momento importante para a união e conscientização política do povo. O que não se deve esquecer é que a classe trabalhadora só conseguirá avançar nas suas lutas por conquistas econômicas e políticas se se mantiver unida.

O corporativismo e o fragmentismo impossibilitam esta união.

Roberto Silva

SOBRE A GREVE DOS CAMINHONEIROS

25/05/2018

Há dúvidas e mais dúvidas sobre apoiar ou não a greve dos caminhoneiros.

Existe gente traçando um paralelo com o movimento de caminhoneiros do Chile, durante o governo Allende, decisivo para derrubá-lo. Bom, uma coisa é Allende, outra coisa é Temer. O primeiro tinha o governo dos Estados com o propósito claro de destruí-lo, usando todos os meios possíveis para isso; o segundo está a serviço do imperialismo, disposto a jogar abertamente contra a imagem da Petrobrás, para entregá-la, com Pré-Sal e tudo, a empresas estrangeiras, como a Esso e outras.

Claro, o movimento não deve ser apoiado sem se levar em consideração suas características, suas contradições, como se tivesse à sua frente uma força de esquerda. Apoiá-lo, sim, é a posição correta, mas, com a preocupação de dialogar com setores dele, procurando mostrar-lhes que, só através da Petrobrás, como sempre aconteceu, é possível uma política de preço de combustíveis condizente com as necessidades econômicas do país. Mostrar-lhes que, com a privatização da estatal, quem determinaria os preços dos derivados de petróleo seriam as petroleiras internacionais. Mostrar-lhes que o que está por trás da política de combustível de Temer é seu compromisso com o capital estrangeiro de entregar-lhe a Petrobrás e o Pré-Sal.

Marcelo Fonseca

PREÇOS DE COMBUSTÍVEIS E PRIVATIZAÇÃO

24/05/2018

Na questão de tantos aumentos dos combustíveis, fica claro que o governo lesa-pátria trata a Petrobrás como se ela já fosse privatizada, sem compromisso social e com a economia, conforme o objetivo de sua criação. Quer descaracterizá-la, tratando-a como uma empresa privada, tipo uma Esso da vida, que existe apenas para ter lucros. Pensa em encher mais ainda os bolsos de seus grandes acionistas, principalmente os dos Estados Unidos, donos de ações que lhes foram entregues a preço de banana pelo entreguista Fernando Henrique Cardoso.

A resposta a essa política contra a Petrobrás é lutar contra as medidas de desmonte da Empresa, a fim de que ela continue sendo o que sempre foi : grande produtora de petróleo, responsável única pela descoberta do Pré-Sal, produto de uma tecnologia que só o Brasil tem, e voltar a atuar com a capacidade de refino em que há muito tempo tornou-se autossuficiente.

Quando se quer privatizar uma estatal, logo o lesa-pátria procura enfraquecê-la, reduzindo ao máximo sua capacidade produtiva, depreciando sua imagem e, por aí, apresenta o falso argumento da necessidade de entregá-la a grupos econômicos, em nome de uma concorrência aberta tida como vantajosa para o país.

Por trás do aumento sem trégua dos combustíveis, está a jogada entreguista de dizer á população que a Petrobrás não dá conta das necessidades produtivas de petróleo e do próprio abastecimento do país e que, em consequência, torna-se inevitável a sua privatização.

Daí, porque se faz necessário o apoio à greve dos caminhoneiros. O que deve ser feito, ao lado de um diálogo com eles no sentido de tentar convencê-los de que defender uma política de preço justo para os combustíveis só tem chance de êxito defendendo-se a Petrobrás, que, diferentemente de uma petroleira privada, tem o papel estratégico de abastecer o país através de preços de combustíveis economicamente viáveis, garantindo como sempre fez o bom funcionamento do transporte de mercadorias em todo o país.

Antônio de Freitas

GOLPISTAS DERROTADOS NA VENEZUELA

23/05/2018

A serviço do imperialismo ianque, golpistas da Venezuela acabam de sofrer mais uma derrota nas urnas. Apoiados pelos seus senhores do Império do Norte, desde que Chávez assumiu o governo, nunca pararam por um minuto sequer de atentar contra o governo bolivariano e a democracia. Suas ações criminosas não têm limite. Deram um golpe de Estado em 2002, chegando a ameaçar a vida de Chávez, que só não foi assassinado graças à ação de patriotas que saíram em sua defesa nas Forças Armadas.

Devido à resistência do povo, em lutas de rua, aquela escalada criminosa fracassou. Mas, os golpistas não desistiram de seus atentados contra o governo e a ordem democrática. Partiram para o conhecido golpe petroleiro, tentando o caos econômico no país, através do caos econômico na estatal venezuelana de petróleo, tendo com este crime dado um prejuízo à Venezuela, estimado em 30 bilhões de dólares, além da ameaça a vidas nas próprias unidades de produção, deixadas em pleno abandono em termos de segurança. O governo só conseguiu sair vitorioso de mais este crime dos golpistas porque, mais uma vez, contou com o apoio de seu povo que, às pressas, mobilizou-se, contando com a ajuda de profissionais da área petrolífera vindos de outros países.

Apesar dessas derrotas, os golpistas seguiram sempre recorrendo ao seu vale-tudo contra o governo e o povo, comprovadamente, alimentando-se financeiramente com recursos provindos dos EUA.

Com a crise econômica que começou a afetar o país, principalmente, devido à queda brusca do preço do barril de petróleo, os golpistas acharam ter chegado o momento de levar às últimas consequências suas ações criminosas contra o presidente Maduro e o conjunto das forças bolivarianas. Partiram para a violência generalizada, exigindo a queda do governo. Em guerra econômica, passaram a ocultar alimentos e remédios. Ao mesmo tempo em que partiam para o assassinato de rua. Chamados ao diálogo, sempre se recusando ao caminho da paz interna, inspirados nas ameaças de Trump ao país com o apoio de forças antidemocráticas, como o dos golpistas brasileiros responsáveis pela queda do governo Dilma, sua estratégia é sempre a da violência e do caos político e econômico. E, ao não quererem participar democraticamente das eleições presidenciais, apenas deixaram claro, mais uma vez, seu propósito de abrir mão do caminho democrático, preferindo o golpismo.

A duras penas, com uma gigantesca crise econômica, a Revolução Bolivariana mostrou mais uma vez ao mundo que só através de um povo politicamente consciente e organizado um país consegue ser livre. A reeleição de Maduro no dia 20 passado, assim, é de enorme significado, decorrente do exemplo de um povo em luta, que muito se refletirá na luta do povo brasileiro e de outros povos do nosso continente.

A vitória do povo venezuelano foi importante vitória da nossa América Latina.

Roberto Silva

LIVRES PARA O CRIME

11/05/2018

Antes tarde que nunca. É a CIA – principal instrumento norte-americano de conspirações contra governos não aceitos pelos EUA, participando às claras de organização de golpes de Estado e assassinato de governantes dos diversos países, principalmente da América Latina – que revela crimes da ditadura civil-militar implantada em 64, com a sua participação. É a maior organização criminosa do mundo – instituída por um império com mais de 700 bases militares espalhadas por todo o Planeta, que, deixando explícitas suas relações íntimas e de colaboração com o ditador Geisel e outros, dos trágicos 21 anos de obscurantismo, de prisão, de tortura e de assassinato de patriotas – traz ao nosso país e ao mundo dados sobre bárbaros crimes apenas conhecidos por uma minoria de brasileiros bem informados, interessados em saber como agem os inimigos internos de seu povo.

Infelizmente, não se levando a sério os apelos de forças democráticas, dos defensores dos direitos humanos, nenhum dos criminosos comandados pelos ditadores militares foi punido, apesar de seus crimes hediondos contra lutadores pela democracia. Não se deu no Brasil, como aconteceu em outros países da América do Sul, em que agentes criminosos das suas ditaduras foram encarcerados. Lamentável fato que passou a ser visto por muitos agentes do Estado brasileiro como manifestação de seu direito de torturar e matar; o que se dá de forma constante em delegacias de polícia e em ações policiais nas periferias das cidades e no campo.

A ditadura, assim, foi apenas parcialmente derrotada, em certa medida, pois os seus herdeiros têm-se sentido tão fortalecidos para poderem praticar seus atentados contra o povo e a democracia – tornando-se parte importante do Golpe de 2016, que derrubou a presidente Dilma – que não só defendem a militarização do Golpe atual, mas também se sentem à vontade para praticar crimes, como o assassinato de Marielle, o atentado à caravana de Lula, contra a própria vida do ex-presidente; os tiros contra o acampamento de pessoas em apoio ao líder petista e outras ações criminosas.

A não punição dos agentes criminosos da ditadura, de certa maneira, contribuiu a tal ponto para naturalizar os crimes de tortura, assassinato de gente do povo e também de combatentes da militância política e de movimentos sociais, que Bolsonaro, na Câmara dos Deputados, fez escancarada louvação à tortura praticada por um dos mais destacados agentes da ditadura. A defesa de um crime de lesa-humanidade não se daria em pleno Parlamento se o seu autor não se sentisse autorizado para isso pela não punição dos agentes do regime implantado em 64.

Cláudio de Lima

OS FASCISTAS E A VIOLÊNCIA

07/05/2018

Não existe fascista que não defenda a violência contra o povo, principalmente contra a classe trabalhadora. É coisa do seu DNA político-ideológico. Defende o terrorismo de Estado e ações criminosas de seus seguidores contra o povo. Os fascistas, fortalecidos pelo golpe que derrubou Dilma, através de seu setor clandestino, tiraram a vida da vereadora Marielle e de seu motorista e cometeram atentados, como o realizado contra Lula e o acampamento de apoio ao ex-presidente em Curitiba.

O seu setor parlamentar, por sua parte, indiretamente ou não, faz discursos de apoio a seus crimes. A senadora Ana Amélia e o senador Álvaro Dias são claros exemplos disso, sem falar de Bolsonaro e outros deputados da bancada da defesa da violência contra as lutas populares.

Ao defender, na prática, os crimes de seus aliados clandestinos, a referida senadora, em defesa dos que atentaram contra a caravana de Lula, chegou a usar a expressão, de fascista de rua, “desce o relho”; o referido senador acusou de provocadores as vítimas de um delegado que chegou a destruir aparelhos de som dos acampados em defesa de Lula contra sua prisão.

O fascista entende que só há uma maneira de defesa do capitalismo : a violência sem limites contra o povo, contra a classe trabalhadora. Para isso defende o policialismo radical de Estado e que todos os seu adeptos se especializem em agir contra a democracia, usando o vale-tudo para atingir seus objetivos.

A tendência da burguesia, como um todo, é adotar este caminho. O que explica por que todas as direitas, declaradamente fascistas ou não, se uniram num todo para efetuar o golpe de 2016. O que explica por que, até agora, nenhum dos assassinos de Marielle e dos que atentaram contra a vida de Lula e o acampamento democrático de Curitiba foi preso.

É que o Estado está cheio de indivíduos golpistas, de posições fascistas não declaradas, indispostos a agirem contra seus seguidores ideológicos em ações criminosas.

Só com muita luta se poderá quebrar esta rede de proteção ao fascismo incrustada no aparelho de Estado.

Roberto Silva

FASCISMO E IMPERIALISMO NO BRASIL

01/05/2018

A maioria das esquerdas no Brasil tem tido como sua centralidade a disputa eleitoral, não a organização do povo, da classe trabalhadora – não só para lutas econômicas, mas, também, para as lutas contra o capitalismo. Isso explica, em grande medida, por que, no país, se subestima, política e ideologicamente, a propaganda e o comportamento fascistas. Isso explica por que a quase totalidade dos militantes de esquerda sequer imagina que o imperialismo existe – apesar de estar mais que comprovado que os Estados Unidos participaram, do começo ao fim, da organização do golpe que derrubou Jango Goulart em 64 – e que não há, em nenhuma parte do mundo, ações em grande escala contra o povo, sem apoio e participação norte-americana direta ou indireta.

Basicamente, na sua maioria absoluta, a esquerda só discute eleições. Conhecer o pensamento e a ideologia dos inimigos da classe trabalhadora não tem sido sua preocupação. Acredita na democracia sob o controle do capital nacional e internacional, como se nela estivesse fechado o espaço para o fascismo, como se a burguesia abrisse mão da sua ideologia fascista numa conjuntura sempre presente de crises capitalistas.

Ainda sobre o imperialismo, tem muita gente que não admite, por exemplo, a presença, principalmente dos EUA, na organização do golpe que derrubou Dilma e levou Lula à prisão; até tem a fantasia de achar que o golpe não é uma encomenda do poder econômico nacional e estrangeiro aos seus agentes no Congresso, na grande mídia, no Poder Judiciário e em outras frentes de direita.

Claro, devemos nos preparar para todas as formas de luta, inclusive a eleitoral. Contudo, organizar-se, quase que exclusivamente, para disputar eleições é uma forma de ilusão de classe. Isso nos tira do debate sobre os diversos espaços em que se encontram os nossos inimigos, como se o campo eleitoral fosse o único em que os inimigos do povo se fazem presentes. E o resultado não poderia ser outro : os inimigos da classe trabalhadora agem, atacam-na de todas as formas políticas e ideológicas e não são percebidos por muita gente da esquerda, escrava da alternativa única de luta, sem a centralidade necessária para qualquer forma de batalha.

Lembro-me de que – quando já em 2005, chamava-se a atenção para ações de direita fascista, ou protofascista contra Lula, primeiro momento da escalada golpista que derrubaria Dilma e levaria o ex-presidente à prisão – houve gente de esquerda que não viu isso. Em relação ao imperialismo, deu-se algo parecido. Tinha gente achando que a política externa do governo de Lula e Dilma, como também a sua disposição em não entregar o Pré-Sal, a Petrobrás, a Eletrobrás e outros patrimônios estatais ao capital estrangeiro não seria motivo para que os EUA se interessassem em derrubar Dilma e tentar tirar Lula da cena política.

O fascismo e a presença do imperialismo no Brasil têm avançado por causa de ilusões de grande parte da esquerda, impossibilitando-a de ver as diversas facetas político-ideológicas dos inimigos da classe trabalhadora.

Felizmente, a autocrítica começa a se dar. Muita gente vai às ruas em combate a um inimigo melhor conhecido.

Alberto Souza

 

O GOLPE E SEU TERROR FASCISTA

01/05/2018

Com o Golpe, o fascismo avança no Brasil. Terror insuflado pela grande mídia e agentes golpistas do Judiciário, liderados por Sérgio Moro, que passam por cima da própria Lei, com a intenção de provocar o ódio contra Lula, os movimentos organizados da classe trabalhadora e o conjunto das forças de esquerda e democráticas em geral, como faziam os agentes da ditadura implantada em 64.

Os fascistas percebem que cresce no Brasil e no exterior a luta contra a condenação e a prisão política de Lula e, como é de sua índole terrorista, partem para atentados e assassinatos, destruindo a vida de Mariele e do motorista de seu carro; ameaçaram a vida de Lula à bala; atiraram, para matar, em gente acampada em apoio ao ex-presidente.

Para a efetuação de seus crimes, esses fascistas se consideram respaldados por Moro, Rede Globo e outros agentes da mídia e do Judiciário, pois sabem que, na prática, também estes golpistas partem para o vale-tudo, com prática de Estado de Exceção, colocando-se acima da própria legalidade existente.

Sem as arbitrariedades de Moro e de outros agentes golpistas do Judiciário, ao lado de golpistas da grande mídia, a violência fascista não teria avançado até o nível a que chegou.

Se Moro não tivesse cometido o crime da prisão coercitiva de Lula, de grampear ligação telefônica da presidente Dilma ao ex-presidente e, por fim, a condenação deste à prisão, sem nenhuma prova de prática de qualquer ilegalidade, os fascistas não se sentiriam, no momento, tão fortalecidos para cometerem seus crimes.

Agora, nada de ilusão : os fascistas de armas na mão têm o seu papel importante como parte do conjunto golpista como um todo. Suas ações criminosas visam a, por meio do terror armado, inibir a luta das forças que resistem ao Golpe e a seu projeto, opondo-se, nas ruas, à venda do Brasil, com a entrega do Pré-Sal, da Petrobrás, da Eletrobrás e de outras riquezas nacionais a empresas americanas e de outras potências. Visam inibir as lutas de oposição às tais reformas trabalhista e previdenciária.

Em certa medida, o golpe atual conta com o fascismo armado, de terror, como se deu com o Golpe de 64, com seus assassinos tentando aterrorizar as forças democráticas em luta.

Cláudio de Lima

O VOTO DE ROSA WEBER CONTRA LULA

12/04/2018

A ministra Rosa Weber, do STF, disse, por mais de uma vez, ser contra a prisão após condenação em segunda instância, mas, acabou votando a favor dela quando do julgamento do HC de Lula.

Bom, votou contra sua própria consciência. Por quê ? Pressionada pela Rede Globo, pelos pequenos ditadores de toga, pelos generais de plantão em Brasília, com suas ameaças ? Por ser política e ideologicamente contra Lula e o que ele representa ? Não sei. Fica a impressão, porém, de que ela recebeu um voto, pronto, de forças externas ao seu querer.

Uma tragédia : Lula preso por um voto estranho a quem votou. Um voto de uma pessoa que se ausentou de si mesma para votar. Algo kafkiano !

Até quando ? Não imagino. Em todo caso, um dia desses, Rosa Weber terá chance à ressurreição.

Antônio de Freitas